Top 10: Philip Seymour Hoffman

Philip Seymour Hoffman

No início do ano, os cinéfilos foram surpreendidos com a prematura morte de um dos mais interessantes intérpretes em atividade. Nascido em Nova York, o ator Philip Seymour Hoffman participou de mais de 60 produções e entregou performances memoráveis, mesmo em filmes menores.

O ator teve justo reconhecimento em 2006 com o Oscar de Melhor Ator na pele do personagem-título em Capote. Mas antes disso, já tinha provado a que veio, tendo trabalhado com diretores do calibre de Paul Thomas Anderson, Spike Lee, Joel e Ethan Coen e Cameron Crowe. Atrás das câmeras, Hoffman assumiu a condução do singelo Vejo Você no Próximo Verão (2010), o qual protagonizou ao lado da atriz Amy Ryan.

Foi uma amostra relativamente pequena, porém robusta, do seu imenso talento. Dói pensar o quão magnífica seria sua carreira se uma maldita overdose de heroína não interrompesse a trajetória do ator, que completaria 47 anos nesta quarta-feira.

Em reconhecimento à sua rica contribuição para o cinema, a Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos presta um singelo tributo a Philip Seymour Hoffman, elegendo as 10 melhores performances do ator. De 29 trabalhos selecionados pelos membros votantes, eis o resultado.

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Actors are responsible to the people we play. I don’t label or judge. I just play them as honestly and expressively and creatively as I can, in the hope that people who ordinarily turn their heads in disgust instead think, ‘What I thought I’d feel about that guy, I don’t totally feel right now’

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 10

por João Paulo Barreto
Película Virtual

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Lester Bangs era a imagem da crítica musical independente. Durante os anos 1970, escreveu para revistas como a Rolling Stone e Creem, onde foi editor após a primeira tentar castrar a sua sinceridade autoral. No cenário jornalístico vendido daquela década, era uma espécie de salvação no quesito integridade profissional. A imagem do jornalista em seus escritos e trajetória era a de que você pode até flertar com o sucesso, mas lembre-se sempre de sua raiz independente. Philip Seymour Hoffman interpretá-lo foi apenas um dos muitos acertos de Cameron Crowe no retrato da cena roqueira setentista em Quase Famosos. Do mesmo modo que Bangs na crítica, Hoffman era a imagem de um cinema que primava por sua independência. Flertou com filmes pipoca, mas sempre voltava à suas origens com Paul Thomas Anderson, sua cara metade artística. Ambos partiram cedo demais. Nós ficamos com a mesmice.

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09

por Thomás R. Boeira
Brazilian Movie Guy

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Último filme que Mike Nichols dirigiu até o momento, Jogos do Poder traz o diretor em ótima forma contando a história de como o congressista norte-americano Charles Wilson ajudou os rebeldes afegãos a derrotar os exércitos soviéticos na década de 1980. No entanto, em um filme que traz um carismático Tom Hanks e uma elegante Julia Roberts, é Philip Seymour Hoffman quem mais se destaca. No papel de Gust Avrakotos, agente da CIA que passa a ajudar Wilson, Hoffman surge com uma intensidade admirável e rouba o filme sempre que aparece, chegando ao ponto de nos fazer sentir falta do personagem quando ele não está em cena. O ator protagoniza os melhores momentos do filme, e sua indicação ao Oscar (a segunda de sua carreira) foi mais do que merecida.

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08por Wallysson Soares

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Após uma série de papéis excêntricos que viriam a consolidá-lo no cinema (e inclusive lhe render um Oscar), Philip Seymour Hoffman interpreta em A Família Savage um homem comum. Com sensibilidade e ternura, resgata em Jon Savage preocupações diante de um pai adoecido e medos particulares que podem ser compartilhados por todos nós. Ao lado da excelente Laura Linney, entrega uma das suas mais sensíveis performances. Aliado ainda por bom roteiro e um personagem riquíssimo em nuances, está contido e conquista sem muito esforço por meio de uma presença em cena já conhecida. Além da maravilhosa química construída com Linney, transmite uma onda de sentimentos com olhares significativos e diálogos bem humorados. Uma pequena joia de filme e uma das atuações mais cativantes desse grande ator.

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07

por Rodrigo Torres
Cineplayers

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A trágica história de ascensão e queda pessoal na aurora da indústria pornográfica de Paul Thomas Anderson é uma obra-prima. Ponto. PTA alcançou esse feito em Boogie Nights – Prazer Sem Limites porque soube usar e abusar de todos os recursos cinematográficos possíveis, com dinamismo e estilo, sem jamais afetar a sensibilidade necessária para que sua premissa funcionasse – e o que acontece é o contrário, sendo tal característica acentuada. Para tal, ele tem a seu serviço um elenco de primeiro time, afinado, à vontade para improvisar e com assustadora profundidade. Isto é uma verdade tamanha que Philip Seymour Hoffman, talvez sexto ou sétimo nome do elenco, vai da excentricidade explícita de um Scotty J. bêbado ao protagonismo de uma cena de profundo apelo dramático, capaz de sintetizar e personificar o período de glória, excessos e ruína que o diretor pretendia emular. Isso acontece porque Seymour Hoffman, com 10 minutos em cena ou tendo um filme inteiro para si, marcou sua história com um comprometimento irrestrito com seus personagens e sua arte, e por isso tornou momentos de um papel de menor destaque – a exemplo da memorável cena de “Eu sou um idiota!” – mais um capítulo marcante de uma carreira brilhante.

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06

por Patrick Corrêa
Impressões de Um Cinéfilo

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Não é fácil ser Caden Cotard. Desafiador para qualquer intérprete, o protagonista de Sinédoque, Nova York está mergulhado em problemas de várias ordens, além de ser assombrado pela decrepitude física e mental. Nas mãos de Philip Seymour Hoffman, ganhou uma estranha verossimilhança em meio às estripulias metalinguísticas de um filme escrito e dirigido por Charlie Kaufman, dado a subversões do cânone narrativo. Ao viver um diretor teatral cuja obra se confunde com a própria vida , Hoffman precisou lançar mão de um arsenal de gestos, olhares e andares que poderiam soar apenas como cacoetes interpretativos, mas burlou esses riscos e entregou um de seus desempenhos mais lapidares em uma trama de abstração crescente para habitar.

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05

por Ivanildo Pereira
O Blog que Não Estava Lá

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De todos os personagens que Philip Seymour Hoffman interpretou nos filmes de Paul Thomas Anderson, o enfermeiro Phil Parma de Magnólia (1999) parece o menos chamativo. No entanto, Phil é um dos personagens-chave do filme. Ele é um observador dos outros dramas maiores, e é graças a ele que ocorre o momento-chave do filme, o reencontro entre Frank, personagem de Tom Cruise, e seu pai, vivido por Jason Robards. Em consequência, é desencadeada a antológica chuva de sapos do fim do filme, evento que muda para sempre as vidas dos outros personagens. A ideia do perdão – “O que podemos perdoar?” – é central para o filme e é trazida à tona por esse personagem, e o diretor percebeu a humanidade do ator ao escalá-lo para o papel.

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04

por Erika Liporaci
Artes & Subversão

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Há um motivo para que Capitu seja a personagem mais discutida de Machado de Assis: a dúvida que paira sobre seu caráter. Vítima atormentada ou mulher fútil e infiel? Em Dúvida, Philip Seymour Hoffman constrói sua interpretação com essa mesma dualidade. Seria o padre Flynn um homem incompreendido ou um pedófilo dissimulado? Hoffman faz com que Flynn pareça alternadamente inocente e culpado: ao mesmo tempo em que seu discurso soa indignado, resta sempre uma centelha de malícia no olhar. Ao final, é provável que continue a dúvida quanto à culpa do personagem, mas também a certeza a respeito do imenso talento desse grande ator que tão cedo nos deixou. Com esta inesquecível atuação, Philip recebeu a terceira de suas quatro indicações ao Oscar.

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03

por Alex Gonçalves
Cine Resenhas

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Um dos cineastas mais importantes da história do cinema, Sidney Lumet teve como “canto do cisne” Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto, um dos melhores títulos de sua vasta filmografia. Tendo dirigido o drama com mais de 80 anos, Lumet demonstrou uma vitalidade invejável e permitiu que todos os componentes de seu elenco entregassem interpretações arrebatadoras. Como a de Philip Seymour Hoffman, que encarna o protagonista Andy com uma fúria nunca apresentada em trabalhos prévios. Repulsivo, Andy não mede esforços para se dar bem na vida, mesmo que para isso seja necessário comprometer toda a sua família, que já experimenta um longo processo de declínio. Eis que entra Philip Seymour Hoffman e a sua capacidade de tornar empático um indivíduo que em nenhum momento apresenta alguma compaixão por todos aqueles que estão ao seu redor.

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02

por Lucas Ravazzano
Cinemosaico

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Em um filme que investiga o fascínio do culto e o modo como ele aprisiona os indivíduos, o personagem de Hoffman é a exata personificação da natureza atraente e controladora deste tipo de organização. Seu Lancaster Dodd é uma construção complexa e cuidadosa, transitando entre a imagem que projeta publicamente do carismático e articulado líder religioso enquanto que intimamente se revela instável e mais interessado no poder e influência que sua seita lhe dá do que em usá-la para trazer algum benefício para os outros. O ator transita de maneira orgânica e sensível entre a persona pública de Dodd e aquilo que poderíamos dizer que é seu verdadeiro eu, nos revelando aos poucos as rachaduras em sua fachada culta e polida e seu interior agressivo e inescrupuloso que age com ferocidade quando questionado.

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01

por  Isabel Wittmann
Estante da Sala

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Capote é baseado na história real a respeito da investigação que Truman Capote realizou para escrever A Sangue Frio, livro que mudou o jornalismo moderno nos Estados Unidos com seu uso de linguagem literária. Na película, Phillip Seymour Hoffman tem espaço para transbordar seu talento no papel título, pelo qual ganhou um merecido Oscar. Nem sempre é fácil a transposição de uma pessoa real para a tela, mas incorporando trejeitos, maneirismo e mesmo a peculiar voz da figura retratada, ele compõe um personagem longe do caricato e extremamente humano. Ainda que falho, a sutileza da interpretação nos leva a ter empatia e compreendê-lo em suas ações. Hoffman transpira Capote em cada poro, com uma atuação impactante que transcende a mera cinebiografia e o confirma como um dos grandes atores de sua geração.

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Especial Eduardo Coutinho

Eduardo Coutinho

Ainda estamos no quinto mês de 2014 e o ano já se mostra imperdoável para a classe cinematográfica no sentido de perdas e lutos. Dá para listar dezenas de profissionais que contribuíram positivamente com a Sétima Arte e que se depararam com o fim do caminho nos últimos meses. Entretanto, vamos nos ater a quem esse especial é dedicado. Considerado por muitos como o maior documentarista do mundo, o carioca Eduardo Coutinho deixa um legado inestimável e enriquecedor para a cinematografia brasileira e para a História do Audiovisual.

Hoje, dia 11 de maio, Coutinho completaria 81 anos de vida e 52 de cinema. A Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos não poderia deixar a data passar em branco e presta uma singela, mas tenra homenagem a um dos grandes realizadores brasileiros. Na seleção, tivemos de excluir os curtas e médias-metragens assinados por Coutinho em função da inacessibilidade dos filmes. Entretanto, os 17 longas-metragens que compõem sua rica filmografia são lembrados e comentados a seguir por alguns membros da SBBC.

Descanse em paz, gigante.

 

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Filmografia Comentada

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A Família de Elizabeth TeixeiraA Família de Elizabeth Teixeira (2014)
Se Cabra Marcado para Morrer já era um filme sobre reencontro e legado, A Família de Elizabeth Teixeira reafirma este caminho. Ao lado de Sobreviventes da Babilônia, outra produção de Coutinho para o DVD comemorativo de Cabra lançado em 2014, o diretor usa seu cinema de conversa para revisitar antigos personagens e estabelecer a ponte entre a luta de João Pedro Teixeira e o que restou de sua família após o filme. Entre um depoimento e outro, o cineasta se depara com o próprio legado ao encontrar uma nova Elizabeth Teixeira, professora influenciada pelo filme original que segue a luta do avô João Pedro de seu jeito, levando adiante a mensagem divulgada por sua família e por Coutinho. Gabriel Billy – Dias de Cinefilia

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As CançõesAs Canções (2011)
São 90 minutos de depoimento e música, num único cenário teatral. Sem qualquer alteração, dinamismo ou disfarce, fica claro que esse tipo de produção e ousadia não são, definitivamente, para qualquer um. Há algo singular na sensibilidade de Eduardo Coutinho no garimpo de histórias de vida e, no caso específico de As Canções, na escolha de pessoas que sabem cantar as músicas da sua vida. Consegue fazer rir e emocionar com histórias de gente simples, contos cotidianos. Cada personagem canta a canção que marcou uma fase da vida e, por isso, tem o tom genuíno de quem improvisa uma nota, resgata um sentimento no fundo da alma e encontra um verso para transmiti-lo genuinamente. Difícil ser dissimulado num momento desses. Por isso Coutinho é tão genial. Suzana Vidigal – Cine Garimpo

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Um Dia na VidaUm Dia na Vida (2010)
Um Dia na Vida é um trabalho de Eduardo Coutinho dificilmente será exibido comercialmente nos cinemas ou na televisão. Isso porque o diretor gravou um dia inteiro da programação dos canais da TV aberta brasileira e, passando por cada um deles ao longo do filme, expôs muito do que há de errado naquilo que é exibido. Sem nenhum tipo de narração em off que poderia guiar o pensamento do público, Coutinho basicamente mostra que a TV aberta chega a ser uma piada de mau gosto, com programas absurdos que ajudam na alienação das pessoas, além de estimular seus telespectadores de uma forma bastante questionável e perigosa em determinados aspectos. Assim, o diretor faz um documentário do qual é difícil não sair um pouco indignado, e é triste constatar que de 2009 (quando ele gravou a programação) para cá as coisas não mudaram muito. Thomás R. Boeira – Brazilian Movie Guy

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MoscouMoscou (2009)
Eduardo Coutinho faz de Moscou aquele que pode ser considerado um dos seus documentários mais experimentais. Isso dentro de uma ampla filmografia que enriqueceu e consolidou o gênero no cinema nacional. Nesta produção, vinda após o sucesso de Jogo de Cena, Coutinho propõe ao grupo teatral Galpão a preparação para uma montagem de As Três Irmãs, do russo Anton Tchékhov, durante três semanas. Não haverá qualquer apresentação ao público e o que visualizamos é um filme que condensa em um pouco mais de uma hora os registros de bastidores em que intérpretes repassam e encenam o texto de Tchékhov ao mesmo tempo em que não resistem a oportunidade de compartilharem memórias ternas ou dolorosas. É o que basta para que Coutinho novamente ressalte em seu registro a mescla entre ficção e realidade.Alex Gonçalves – Cine Resenhas

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O improviso, o acaso, a relação amigável, às vezes conflituosa, entre os conversadores dispostos, em tese, os dois lados da câmera – esse é o alimento essencial do documentário que procuro fazer.

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Jogo de CenaJogo de Cena (2007)
Com “Jogo de Cena”, Eduardo Coutinho experimenta os limites dos gêneros, ao misturar depoimentos de pessoas reais com atrizes interpretando o texto. O objetivo, diriam alguns, poderia ser descobrir o que é verdade e o que é encenação.  Mas, o que é realmente verdade quando estamos na frente de uma câmera? Este, talvez, seja o maior questionamento do filme. Principalmente, quando as atrizes mais conhecidas expõem um pouco da própria experiência, como a preocupação do colírio de Marília Pêra, a dificuldade de Fernanda Torres que pede para repetir várias vezes (e tudo permanece no filme) ou a revolta de Andréa Beltrão por ter chorado. Tudo de maneira simples, direta, com pouca variação de planos, no palco de um teatro, mais simbólico impossível. Essa capacidade que Coutinho sempre teve de brincar com as possibilidades em cena que o fez marcar mais uma vez a história do cinema brasileiro. Amanda Aouad – CinePipocaCult

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O Fim e o PrincípioO Fim e o Princípio (2006)
Circularidade é o que o filme propõe. Vida e morte. Conhecimento e ignorância. Personagem e diretor. Fim e princípio. Para mim um está contido no outro, não existe separação: morte está na vida, vida está na morte, etc. Não sei se pode chamar de técnica ou de método, parece meio insuficiente, logo prefiro magia: a magia de Eduardo Coutinho plenamente realizada em O Fim e o Princípio. Colocado como meta inicial pelo diretor – “Eu quero intimidade” -, o filme alcança todos os níveis de intimidade. A universalidade do particular é explícita: os anseios, os desejos, os medos, as paixões, os amores, as realizações, as ilusões, enfim, as vivências. A filosofia está no cinema, o cinema está na filosofia e os dois estão em Eduardo Coutinho. Erasmo Penteado – Vision de Cinematique

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Peões 1Peões (2004)¹

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Equilibrando imagens de arquivos e outros documentários – de modo a estabelecer as motivações e ideologia da luta conjunta da classe operária, sobretudo nas greves de 1979/80 -, com entrevistas individuais realizadas pelo documentarista – propostas a estabelecer as singularidades e dramas de cada um daqueles que se envolveram nesta luta por seus direitos – e inteligentemente contextualizadas no ano da consagração do movimento como liderança política, Eduardo Coutinho realizou, com o seu Peões, um retrato fundamental para uma classe tão importante em nossa sociedade e suas principais realizações, conseguindo fazer observações imprescindíveis a respeito das más influências da ditadura em relação ao trabalho operário, do excesso de poder privado e da necessidade de lutar por seus direitos, tudo isso de forma extremamente sensível, como Coutinho bem sabe fazer. Leonardo Lopes – LoGGado

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Peões 2Peões (2004)²
Peões não é um filme militante,  oportunista ou panfletário. O documentário de Eduardo Coutinho não busca selecionar somente entrevistas ideologicamente favoráveis ao ex-presidente Lula, numa espécie de propaganda partidária. Há uma ovação muito honesta dos depoentes em relação ao antigo líder das famosas greves nas fábricas do ABC paulista. Mais do que as revoltas por si, Coutinho mantém a tradição de seu cinema, encontrando o indivíduo dentro do coletivo justamente para a formação de um coletivismo heterogêneo. Assim, Peões mostra como o espírito revolucionário presente nas greves permanece forte dentro do coração de quem as protagonizou, visto que vários permanecem marxistas. Dando voz ao povo, oferecendo o protagonismo político merecido pela classe trabalhadora, Coutinho filma o registro do pensamento que acabou levando Lula ao poder. Júlio Pereira – Cinetoscópio

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Todo filme de ficção é também um documentário. Todo filme histórico de ficção é uma contradição em termos, porque todos acabam sendo um documentário de sua época, acaba não sendo apenas uma ficção.

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Edifício MasterEdifício Master (2002)
Edifício Master. 12 Andares. 23 por andar. 276 conjugados. 500 pessoas. Localizado em Copacabana, um dos bairros mais populosos do Rio de Janeiro, quiçá do Brasil. Durante sete dias, Eduardo Coutinho e sua equipe entrevistaram os moradores. Edifício Master. Outrora sombrio agora luminoso. Edifício Master. Pessoas comuns, invisíveis, talentosas, batalhadoras. Edifício Master. Volta por cima. Amores. Amizade. Desilusões. Angústia. Sonhos. Realidade. Vida. Morte. Solidão… Solidão no meio de tantos. Edifício Master. Memórias. Nostalgia. Tristeza. Felicidade. Novas perspectivas. Saudade… Edifício Master. Poesia. Pintura. Literatura. Televisão. Cinema. Música. Edifício Master. Edifício Mestre. Eduardo Coutinho. Inesquecível. My Way. Celo Silva – Espectador Voraz

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Babilônia 2000Babilônia 2000 (1999)
Em 31 de dezembro de 1999, cinco equipes lideradas por Eduardo Coutinho se espalharam pelo Morro da Babilônia, comunidade carente do Rio de Janeiro. Os produtores diziam aos moradores que o intuito das filmagens era saber a expectativa de cada um sobre a chegada do novo milênio. Obviamente um pretexto para conhecer a vida desses personagens. O nome do documentário também diz respeito à antiga cidade-estado Acadiana, cujo declínio se deu por conflitos religiosos. Além disso, o diretor e os demais envolvidos na produção lançavam perguntas sobre religião. Daí surgiram afirmações curiosas, como a da ex-hippie Fátima, que acreditava que em breve a humanidade chegaria ao fim. Ou então o comovente depoimento de Conceição, que não enxergava mais sentido na vida: “Peço todo dia para [Deus] me levar. Ficar sozinha aqui pra quê?”. Babilônia 2000 está entre os melhores trabalhos de Coutinho. Houldine Nascimento – A vida em 24 fps

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Santo ForteSanto Forte (1999)
Para um ateu convicto como o Coutinho, é muito curioso o interesse pelas religiões e, mais que isso, pela relação das pessoas de uma comunidade pobre com suas crenças. Mas esse filme ultrapassa a mera descoberta dos grandes personagens anônimos, com histórias sempre incríveis e sua entrega para a câmera, porque a equipe de filmagem se faz presente em cena, percorrendo um morro da zona sul do Rio de Janeiro em busca de gente e seus relatos. Assim, Santo Forte coloca em questão as próprias facetas da narrativa documental, mas sem autoimportância. E eles encontram ali um microcosmo que representa muito bem um povo tão apegado às forças do crer, passeando pelas mais variadas religiões. Saravá, Coutinho. Rafael Carvalho – Moviola Digital

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Boca de LixoBoca de Lixo (1993)
Mais do que desnudar uma realidade ignorada e desconhecida por muitos, o principal mérito do documentário é dar a essas pessoas o espaço para que elas se coloquem com naturalidade diante nós. Deixamos, então, de vê-los como indivíduos distanciados de nossas vidas para perceber esses sujeitos como pessoas iguais a nós, que não querem ser vistas como marginalizados ou criaturas que reviram lixo, mas como indivíduos merecedores de respeito e dignidade, com anseios, desejos e talentos similares aos de qualquer um, devolvendo-lhes assim a humanidade que costumeiramente lhes é constantemente negada. Ao diminuir as distâncias que nos separam daquelas pessoas, Coutinho torna a realidade em que vivem ainda mais inaceitável. Lucas Ravazzano – Cinemosaico

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Na minha experiência, verifiquei a extraordinária riqueza das falas de analfabetos, sobretudo em regiões menos industrializadas. Assim, é mais tentador investigar um pequeno tema do cotidiano no Nordeste, por exemplo, do que um grande tema em São Paulo.

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O Fio da MemóriaO Fio da Memória (1991)
Em O Fio da Memória, o fragmento é o instrumento de investigação da câmera de Eduardo Coutinho sobre a experiência negra no Brasil. E é do conjunto de fragmentos que testemunhamos cem anos se passarem da abolição da escravatura e a condição social do negro brasileiro se estancar no racismo velado e na marginalização. Nesse sentido, o fato do filme ter como um de seus motores a memória de Gabriel Joaquim dos Santos – o filho de escravos que escreveu um diário e teve seus restos mortais jogados num saco plástico sem identificação – serve justamente como metáfora da ausência de uma identidade étnica da população negra brasileira. É aí que Coutinho atesta com brilhantismo a falência axiológica brasileira: ao negro preocupado com a preservação do seus registros não resta o mínimo de dignidade. Yuri Deliberalli – Discurso Cinematográfico

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Santa Marta - Duas Semanas no MorroSanta Marta – Duas Semanas no Morro (1987)
Uma análise comparativa de outros documentários sobre o tema com Santa Marta revela o aspecto único da obra de seu cineasta. Pois, se diretores em geral se atêm a dados de pesquisa e fatos em curso, a fim de conferir relevância a sua denúncia, a Coutinho basta o relato. Em dar voz e visibilidade a uma gente excluída – e cumprimentá-la, beijá-la, abraçá-la de fato -, ele tira esse povo da margem, e não apenas pela duração de um curta-metragem; esse contato tem o intuito e o poder de ser um transformador na vida dos indivíduos retratados. Assim, o caráter investigativo vem apenas em terceiro plano. Em primeiro e em segundo, o fator humano, este, sim, o diferencial de sua obra. E ninguém fez isso como Eduardo Coutinho. Rodrigo Torres – Cineplayers

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Cabra Marcado Para MorrerCabra Marcado Para Morrer (1985)
No filme, a família de um líder camponês assassinado ilustra a fragmentação de um povo a partir da desigualdade, da luta de classes e da repressão ditatorial. A partir de gravações interrompidas em 1964 por conta do golpe militar, o documentário traça um paralelo entre passado e presente através da junção das poucas imagens registradas naquele ano por Eduardo Coutinho, suas lembranças e depoimentos das pessoas envolvidas a época na produção. Assim, vê-se tanto uma análise ampla da realidade de trabalhadores vilipendiados por latifundiários quanto um estudo restrito das consequências arcadas por cada indivíduo, daí Jean-Claude Bernardet afirmar que o título é um divisor de águas dentro do gênero documental, dada sua tendência híbrida na qual coexistem as naturezas moderna (abordagem coletiva) e contemporânea (abordagem individual). Dario Façanha – Sétima Crítica

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Teodorico, o Imperador do SertãoTeodorico, o Imperador do Sertão (1978)
Há uma clausura no nordestino. Alguém que o tempo e o progresso esqueceram. Em Theodorico, Imperador do Sertão há duas vezes mais clausura: (1) a do Nordeste, e tudo que isso impõe e (2) A clausura do sertanejo ser subserviente ao major Theodorico Bezerra. O longa foi filmado como parte do programa Globo Repórter. Coutinho em grande parte colaborou para um novo jeito de fazer TV, mas mais que isso, em Theodorico encontramos o ponto de partida da própria caligrafia de seu cinema. Em certo ponto, Coutinho rejeita de uma vez por todas a publicidade e a afetação, dando preferência a um cinema simples, bruto e direto. Não há a necessidade de enquadramentos substanciosos e chamativos: o que lhe é necessário é somente o confronto com o seu personagem ou seu signo. Victor Bruno – Ornitorrinco Cinéfilo

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Creio que a principal virtude de um documentarista é a de estar aberto ao outro, a ponto de passar a impressão, aliás verdadeira, de que o interlocutor, em última análise, sempre tem razão. Ou suas razões. Essa é uma regra de suprema humildade que deve ser exercida com muito rigor e da qual se pode tirar um imenso orgulho.

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FaustãoFaustão (1971)
Em Faustão, exemplo singular de sua carreira pré-documentário, Coutinho já demonstrava talento pra destrinchar a natureza humana de personagens reais e/ou fictícios. Como em seus docs, o compartilhar das dores e reflexões intrínsecas ao homem é o grande mote de Faustão, faroeste que conta a história do cangaceiro Faustino Guabiraba, cangaceiro com sutis traços de Robin Hood da caatinga. Produto do meio e consciente da própria desgraça, ele flerta com a barbárie, mas mantém um rígido código moral. A mais marcante de suas muitas reflexões sobre a vida está naquela que cede a mulher que lhe pediu um filho. “Minha flor, essa vida não deixa. Cada dia num lugar, polícia atrás. Depois que me matam, ainda vão buscar os filhos. Um despotismo da desgraça. E se escapar, ainda tem a seca. E se Deus der a benção, o barrigudinho cresce para ser trabalhador triste de sol a sol ou vai pegar no trabuco tal qual o pai. Não é o homem, é o Sertão”. Conclusão pertinente de alguém que abraçou a caatinga como campo de batalha. João Paulo Barreto – Película Virtual

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O Homem Que Comprou o MundoO Homem que Comprou o Mundo (1968)
Pensar a carreira de Eduardo Coutinho como documentarista traz à tona as sutilezas do realizador para investigar a fundo o ser humano em diversas óticas e motivações. Porém, em um dos poucos exemplares de Coutinho como diretor de um filme de ficção, sua sagacidade para criticar um país que vivia a ditadura militar é admirável. A exemplo de Terra em Transe de Glauber Rocha, com o controle entre o humor negro e a representação lírica e principalmente visual do filme, Coutinho faz de O Homem que Comprou o Mundo um paralelo com o Brasil da época e profetizou com extremo pessimismo o que viria – e acertou. O homem que ficou rico da noite para o dia e que gostaria de usufruir um novo tempo após o casamento foi impedido pelo governo. Em questão de minutos estava à frente de uma burocracia inexplicável e no interesse político mais incrustado na representação de um país mergulhado na miséria. Dos militares hipnotizados pelo futebol à mídia manipuladora, Coutinho fez um filme sobre ontem e hoje. Pedro Tavares – Cinema O Rama

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Top 10: Meryl Streep

Sem dúvida uma das atrizes mais queridas pelos cinéfilos, Meryl Streep (nascida em 1949) chamou a atenção desde sua primeira participação de destaque num longa-metragem com O Franco Atirador (1978), conquistando a sua primeira das várias indicações que teria ao Academy Awards (é a atual recordista nas categorias de atuação). Anteriormente já tendo atuado no teatro e na TV (com a minissérie Holocausto), Streep iniciava uma carreira que a mostraria como uma das intérpretes mais versáteis e bem-sucedidas em todos os tempos, reconhecida especialmente por seus papéis dramáticos em longas como A Escolha de Sofia (1982) e As Pontes de Madison (1995), mas também convencendo totalmente em comédias como A Morte lhe Cai Bem (1992) e O Diabo Veste Prada (2006). Como primeira-ministra britânica Margaret Thatcher no filme A Dama de Ferro, seu mais recente trabalho, Streep chegou à terceira estatueta do Oscar – e aqui ganha merecida homenagem dos membros da Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos.

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Acting is not about being someone different. It’s finding the similarity in what is apparently different, then finding myself in there.”

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O Franco Atirador

The Deer Hunter (1978)
48 pontos, 10 votos

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Entre Dois Amores

Out of Africa (1985)
62 pontos, 12 votos

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Adaptação

Adaptation. (2002)
82 pontos, 21 votos

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A Dama de Ferro

The Iron Lady (2011)
105 pontos, 16 votos

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Dúvida

Doubt (2008)
142 pontos, 23 votos

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O Diabo Veste Prada

The Devil Wears Prada (2006)
144 pontos, 26 votos

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As Horas

The Hours (2002)
160 pontos, 27 votos

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Kramer vs. Kramer

Kramer vs. Kramer (1979)
166 pontos, 25 votos

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As Pontes de Madison

The Bridges of Madison County (1995)
208 pontos, 26 votos

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A Escolha de Sofia

Sophie’s Choice (1982)
218 pontos, 26 votos

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Top 10: Al Pacino

Olhando a filmografia de Al Pacino, é fácil perceber porque o ator é considerado até hoje um dos grandes ícones de Hollywood. Foram tantos personagens memoráveis que ficaram marcados para sempre através das suas atuações que certamente não foi tarefa das mais fáceis para os membros da Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos escolher seus dez melhores trabalhos. Desde Michael Corleone da trilogia O Poderoso Chefão (início se deu em 1972), passando por Tony Montana (Scarface, 1983) e chegando aos recentes papéis para TV (em Angels in America e You Don’t Know Jack), Al Pacino não somente trabalhou com alguns dos grandes diretores dos últimos 40 anos como foi amplamente reconhecido por público e crítica, o que inclui uma estatueta do Oscar. Ainda com muito a oferecer aos cinéfilos de todo o mundo, eis seu top 10 de acordo com os votantes da SBBC.

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I’m an actor, not a star. Stars are people who live in Hollywood and have heart-shaped swimming pools.”

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Advogado do Diabo

The Devil’s Advocate (1997), 50 pontos

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Fogo Contra Fogo

Heat (1995), 54 pontos

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O Pagamento Final

Carlito’s Way (1993), 57 pontos

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O Informante

The Insider (1999), 86 pontos

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Serpico

Serpico (1973), 112 pontos

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Perfume de Mulher

Scent of a Woman (1992), 148 pontos

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O Poderoso Chefão: Parte II

The Godfather: Part II (1974), 168 pontos

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Scarface

Scarface (1983), 181 pontos

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Um Dia de Cão

Dog Day Afternoon (1975), 200 pontos

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O Poderoso Chefão

The Godfather (1972), 260 pontos

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Top 10: Stanley Kubrick

Considerado por muitos como o maior diretor de toda a história, Stanley Kubrick (1928 – 1999) não lançava longas tão frequentemente se comparado aos outros grandes cineastas, mas cada uma de suas poucas obras certamente influenciaram gerações desde sua estreia com o pouco conhecido Fear and Desire (1953). Com 13 lançamentos em toda a carreira, a sua filmografia pode ser considerada essencial para qualquer cinéfilo e não à toa ganhou a homenagem dos membros da Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos. A disputa mais acirrada, como esperado, ocorreu entre 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) e Laranja Mecânica (1971), os quais disputaram ponto a ponto o topo do ranking. A diferença foi de apenas um ponto, ainda que o primeiro colocado tenha alcançado larga vantagem levando em consideração sua liderança em mais de 50% das listas enviadas pelos votantes.

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The very meaninglessness of life forces man to create his own meaning. If it can be written or thought, it can be filmed.”

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O Grande Golpe

The Killing (1956), 68 pontos

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Spartacus

Spartacus (1960), 74 pontos

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Glória Feita de Sangue

Paths of Glory (1957), 87 pontos

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Barry Lyndon

Barry Lyndon (1975), 103 pontos

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De Olhos Bem Fechados

Eyes Wide Shut (1999), 128 pontos

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Nascido Para Matar

Full Metal Jacket (1987), 168 pontos

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Dr. Fantástico

Dr. Strangelove (1964), 170 pontos

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O Iluminado

The Shining (1980), 198 pontos

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Laranja Mecânica

A Clockwork Orange (1971), 275 pontos

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2001: Uma Odisséia no Espaço

2001: A Space Odyssey (1968), 276 pontos

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Top 10: Woody Allen

Woody Allen dispensa apresentações. Nascido em 1935, é dono de um estilo único que até hoje encanta plateias desde a década de 1960 e recentemente chegou aos cinemas com sua mais nova obra, Meia-Noite em Paris, aclamada por crítica e público. Portanto, nada mais apropriado que utilizar a oportunidade para listar seus melhores trabalhos de acordo com a Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos. Com mais indicações ao Oscar que qualquer roteirista – foram 14 ao todo, sem contar suas 6 por direção e mais uma por atuação – ele provou sua versatilidade através do tempo, algo evidenciado na seleção que traz filmes das diferentes fases de sua carreira, três destes lançados nos últimos anos. Sem mais, eis o top 10 de um dos cineastas mais influentes em todos os tempos.

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I don’t want to achieve immortality through my work. I want to achieve it through not dying.”

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Vicky Cristina Barcelona

Vicky Cristina Barcelona (2008), 22 pontos

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Zelig

Zelig (1983), 25 pontos

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Interiores

Interiors (1978), 27 pontos

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Meia-Noite em Paris

Midnight in Paris (2011), 32 pontos

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Crimes e Pecados

Crimes and Misdemeanors (1989), 33 pontos

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Hannah e Suas Irmãs

Hannah and Her Sisters (1986), 37 pontos

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A Rosa Púrpura do Cairo

The Purple Rose of Cairo (1985), 60 pontos

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Ponto Final: Match Point

Match Point (2005), 61 pontos

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Noivo Neurótico, Noiva Nervosa

Annie Hall (1977), 80 pontos

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Manhattan

Manhattan (1979), 85 pontos

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Top 10: Sidney Lumet

Após Elizabeth Taylor, o cinema perdeu outro grande nome que certamente nos fará falta. Nascido em 1924, Sidney Lumet iniciou a sua carreira com um dos filmes mais celebrados de todos os tempos, Doze Homens e uma Sentença (1957), inspirando inúmeros longas do chamado gênero de tribunal e proporcionou sua primeira indicação ao Oscar (Lumet veio a ganhar uma estatueta honorária em 2005). Desde então, o diretor brindou os cinéfilos com clássicos indiscutíveis que até hoje são citados entre os melhores filmes já lançados, o que inclui Um Dia de Cão (1975) e Rede de Intrigas (1976). Concluindo a sua carreira de forma brilhante com o subestimado Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto (de 2007), ele nos deixou no último dia 9 de Abril. A seguir, os membros da SBBC homenageiam o diretor elegendo seus dez melhores filmes.

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For any director with a little lucidity, masterpieces are films that come to you by accident.”

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Limite de Segurança

Fail-Safe (1964), 6 pontos

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O Peso de um Passado

Running on Empty (1978), 9 pontos

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O Homem do Prego

The Pawnbroker (1964), 12 pontos

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O Veredicto

The Verdict (1982), 13 pontos

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Assassinato no Expresso Oriente

Murder on the Orient Express (1974), 16 pontos

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Serpico

Serpico (1973), 20 pontos

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Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto

Before the Devil Knows You’re Dead (2007), 32 pontos

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Rede de Intrigas

Network (1976), 73 pontos

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Um Dia de Cão

Dog Day Afternoon (1975), 79 pontos

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12 Homens e uma Sentença

12 Angry Men (1957), 88 pontos

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Top 10: Elizabeth Taylor

Elizabeth Rosemond Taylor. Nascida em Fevereiro de 32, a atriz de olhos marcantes teve uma carreira que pode ser considerada exemplo a qualquer jovem estrela em Hollywood. Chamando a atenção desde os doze anos quando atuou em A Mocidade é Assim Mesmo (de 1944), passando pelos clássicos Um Lugar ao Sol (1951), Assim Caminha a Humanidade (1956) e Gata em Teto de Zinco Quente (1958), Liz não demorou para conquistar os fãs ao redor do planeta e tornar-se a atriz mais bem paga de sua época – foi a primeira a receber um cachê de U$1 milhão por seu papel em Cleópatra (1963). Vencedora de duas estatuetas do Oscar de Melhor Atriz (pelos filmes Disque Butterfield 8 em 1960 e Quem Tem Medo de Virginia Woolf? em 1966), além de um prêmio humanitário por o seu desempenho na luta contra a AIDS, Taylor nos deixou no último dia 23 de Março. Abaixo, uma homenagem da Sociedade trazendo os seus melhores filmes através de uma votação com os membros.

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It is strange that the years teach us patience; that the shorter our time, the greater our capacity for waiting.”

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Cerimônia Secreta

Secret Ceremony (1968), 5 pontos

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A Megera Domada

The Taming of the Shrew (1967), 12 pontos

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O Pecado de Todos Nós

Reflections in a Golden Eye (1967), 15 pontos

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De Repente, no Último Verão

Suddenly, Last Summer (1959), 19 pontos

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Cleópatra

Cleopatra (1963), 28 pontos

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Um Lugar ao Sol

A Place in the Sun (1951), 34 pontos

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Disque Butterfield 8

BUtterfield 8 (1960), 37 pontos

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Assim Caminha a Humanidade

Giant (1956), 56 pontos

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Gata em Teto de Zinco Quente

Cat on a Hot Tin Roof (1958), 101 pontos

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Quem Tem Medo de Virginia Woolf?

Who’s Afraid of Virginia Woolf? (1966), 128 pontos

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