O prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, originado em 1927, é referido não somente como um dos mais importantes da indústria do cinema, mas também o mais popular reconhecimento para profissionais da área. Agora se preparando para sua 85ª cerimônia, a qual ocorrerá como de costume no próximo mês de Fevereiro, o Oscar chama a atenção pelo alto número de votantes, o qual chega a ultrapassar a marca de 6 mil, incluindo produtores, diretores, atores e profissionais das diversas áreas técnicas – também abrangendo diversas nacionalidades através de membros convidados anualmente a participar da Academia, ainda que o Oscar seja, primeiramente, um prêmio direcionado ao cinema americano.
Entregue oficialmente desde o ano de 1929, quando a primeira cerimônia aconteceu em 16 de Maio no Hollywood Roosevelt Hotel, Los Angeles (oportunidade na qual Asas tornou-se o primeiro vencedor do prêmio), o Oscar já reconheceu grandes diretores em sua história, uma lista que inclui Frank Capra, Martin Scorsese, Oliver Stone e Francis Ford Coppola – e também sendo famoso por vários esquecimentos na categoria (Alfred Hitchcock, Stanley Kubrick, Federico Fellini e Robert Altman jamais venceram um prêmio de Melhor Direção, entre tantos outros). Os vencedores da categoria principal foram avaliados pelos membros da Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos, os quais elegeram aqui os melhores filmes que já receberam tal estatueta. *com informações do IMDb, Oscars.org e Wikipedia
.
.
Rebecca, a Mulher Inesquecível
Rebecca (1940)
dir. Alfred Hitchcock
{156 pontos • 14 votos} Um dos maiores diretores do século XX, Alfred Hitchcock jamais chegou a ganhar um Oscar competitivo, fato pelo qual a Academia é, até a atualidade, bem criticada. Contudo, é preciso notar que um dos seus filmes foi premiado com o prêmio de Melhor Filme, ainda que o produtor David O. Selznick tenha recebido tal láurea. O thriller psicológico que traz diversos elementos próprios da filmografia de Hitchcock é um conto que traz Joan Fontaine como uma jovem mulher que se casa com um rico viúvo (Laurence Olivier), o qual a leva para morar em sua mansão. Contudo, ela descobre que a memória de sua ex-esposa (e personagem-título) ainda afeta o marido e os empregados. Superando em seu ano outros grandes filmes como O Grande Ditador (de Charles Chaplin) e As Vinhas da Ira (John Ford), a vitória de Rebecca pode ser considerada, mesmo que de forma indireta, um reconhecimento ao cinema de Hitchcock.
.
.
.
Ben-Hur
Ben-Hur (1959)
dir. William Wyler
{170 pontos • 13 votos} Numa época em que os grandes orçamentos de Hollywood eram uma raridade, Ben-Hur foi um dos primeiros filmes que, objetivando levas às telas a visão planejada por sua equipe técnica e criativa, acabou excedendo seus custos iniciais de uma forma inacreditável. Acredita-se que os 15 milhões de dólares (US$ 120 mi caso ajustados pela inflação) gastos tenham sido responsáveis pela produção de Ben-Hur ser a mais cara da história até então. Porém, o resultado provou que o investimento foi acertado. Remake do épico de mesmo nome de 1925, trouxe os maiores sets já construídos para um filme e o que se vê na tela é uma grandiosidade impressiva que nada deixa a desejar para produções contemporâneas. A longa e memorável cena da corrida de bigas exemplifica perfeitamente como a produção técnica pode trabalhar a favor da história. Contudo, acima de tudo, é um drama humano, inspirador e emocionante.
.
.
.
Sindicato de Ladrões
On the Waterfront (1954)
dir. Elia Kazan
v{176 pontos • 15 votos} Lembrado como um dos filmes célebres do polêmico Eliza Kazan, Sindicato de Ladrões traz Marlon Brando no papel de Terry Malloy – ex-boxeador agora estivador que, sem conhecimento, foi usado para atrair à morte outro trabalhador do cais. Ao mesmo tempo que tenta enfrentar a corrupção de seus chefes, se apaixona pela irmã da vítima, aqui vivida por Eva Marie Saint. Considerando seu contexto político e histórico, o longa arrebata os espectadores com uma trama simples e universal (a frase “I coulda been a contender” é marcante nesse sentido), a qual traz atuações inspiradas (Brando num dos papéis mais icônicos em sua carreira) e um roteiro marcante de Budd Schulberg – baseado em acontecimentos reais a partir de artigos publicados na época.
.
.
.
Os Imperdoáveis
Unforgiven (1992)
dir. Clint Eastwood
{196 pontos • 19 votos} Ainda que já tivesse conquistado uma bem-sucedida carreira como ator e diretor de fitas de ação, ainda faltava a Eastwood um filme que não só conquistasse o respeito da Academia, como da crítica como um todo. Numa temporada em que os dramas Traídos Pelo Desejo, Retorno a Howards End e Perfume de Mulher pareciam destinados a dominar o Oscar, foi esse verdadeiro representante do western que chamou a atenção dos votantes. Claramente influenciado pelo cinema de Sergio Leone, ao qual Eastwood dedicou o filme, Os Imperdoáveis traz a alma do cinema do diretor, porém mostra um refinamento talvez nunca visto antes em sua filmografia. Considerado o melhor filme do gênero em um longo tempo, terminou por ser um inesperado sucesso de público e, no fim de contas, foi o responsável pelas duas primeiras estatuetas de Eastwood.
.
.
.
Se Meu Apartamento Falasse
The Apartment (1960)
dir. Billy Wilder
{213 pontos • 18 votos • 1 #1} Billy Wilder, um dos diretores mais celebrados pelo prêmio, chegou ao seu segundo Oscar de Direção com Se Meu Apartamento Falasse, uma comédia dramática de temática bem diferente do longa pelo qual recebeu a sua primeira estatueta, Farrapo Humano (1945). O filme, que chegou a inspirar um musical da Broadway, mostra Jack Lemmon como C.C. Baxter, um homem que, visando subir no seu trabalho, empresta seu apartamento para que executivos da corporação possam ter encontros extraconjugais em diferentes noites da semana. Mas tudo muda com a entrada da personagem de Shirley MacLaine na história, a qual chama a sua atenção de imediato. Apesar da infidelidade ser um tema polêmicos para a época (o que chegou a gerar críticas), sua natureza alegre e até mesmo sentimental conquistou os votantes do Oscar, que aqui premiaram o diretor com 3 estatuetas pelo filme.
.
.
.
Titanic
Titanic (1997)
dir. James Cameron
{225 pontos • 21 votos} Indubitavelmente um dos maiores sucessos de público em todos os tempos, Titanic é um perfeito representante para o chamado “filme para Oscar”. James Cameron transformou uma história que até poderia render um produto banal nas mãos de outros diretores e foi responsável por aquele que talvez tenha sido o maior feito técnico na história do cinema (e que, basicamente, determinou o caminho a ser seguido pela indústria na década seguinte). Uma história de amor em meio à tragédia do naufrágio, estrelada por dois jovens atores até então pouco conhecidos do grande público e com um orçamento de 200 milhões de dólares, o maior da história, até então. A desconfiança cercando o projeto era evidente, porém o que poderia ser um improvável sucesso acabou superando todas as expectativas e ficando no topo das bilheterias por 15 semanas consecutivas. Talvez o filme vencedor do Oscar mais reconhecido na cultura popular, é uma realização que permanece relevante, algo que a Academia identificou imediatamente.
.
.
.
Onde os Fracos Não Têm Vez
No Country for Old Men (2007)
dir. Ethan Coen & Joel Coen
{259 pontos • 24 votos} Já velhos conhecidos da premiação, Ethan e Joel Coen chegaram à incerta cerimônia do Oscar (no ano da greve dos roteiristas, não se sabia exatamente como se daria a 80ª edição da mais famosa festa do cinema) como favoritos. Dez anos depois da estatueta de Melhor Filme ter sido negada a Fargo, aquela foi a oportunidade perfeita para a Academia sanar a antiga “dívida” com os irmãos. Onde os Fracos Não Têm Vez traz todos os elementos que fizeram o cinema dupla ser reconhecido: é violento, sombrio, pessimista e tem um final ambíguo. Além disso, um elenco particularmente inspirado à altura dos seu icônicos personagens (incluindo o marcante Anton Chigurh de Javier Bardem) nem deixou dúvidas que o filme é merecedor do sucesso alcançado.
.
.
.
Beleza Americana
American Beauty (1999)
dir. Sam Mendes
{262 pontos • 23 votos • 1 #1} No que é visto como um dos melhores anos recentes para o cinema, a 72ª edição do Oscar foi marcada pela descoberta de talento que, por seu filme de estreia, viria a ganhar a estatueta de Melhor Direção na categoria com outros novos nomes que ajudariam a definir o cinema da próxima década. Ao lado do roteirista Alan Ball, Sam Mendes criou o que pode ser considerado como clássico moderno, uma obra que percorre temas difíceis com uma facilidade invejável e provoca o espectador a fazer uma análise de sua própria existência. Perfeita união de drama e comédia, Beleza Americana foi aclamado pela crítica e, aos poucos, ainda tornou-se sucesso de público. De candidato improvável ao prêmio de Melhor Filme, Beleza passou a ser uma das escolhas mais acertadas dos votantes nas últimas décadas.
.
.
.
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa
Annie Hall (1977)
dir. Woody Allen
{265 pontos • 23 votos • 2 #1} No ano em que George Lucas apresentou ao mundo uma das sagas mais cultuadas de todos os tempos (e o filme com maior bilheteria até então), foi uma comédia romântica que acabou surpreendendo com o inesperado prêmio de Melhor Filme. À medida que Star Wars era o grande favorito do público, Noivo Neurótico conquistou a crítica com sua história que traz Allen como Alvy Singer, personagem que tenta entender as razões por trás do fim de seu relacionamento com a Annie Hall do título original. A sua história poderia, hoje, ser aplicada a tantos outros filmes que se inspiraram nessa comédia atemporal (e no brilhante cinema de Allen como um todo). Um filme que, de acordo com o próprio diretor, marcou um ponto de mudança em sua carreira, a qual, para a nossa sorte, rende pérolas até hoje.
.
.
.
Lawrence da Arábia
Lawrence of Arabia (1962)
dir. David Lean
{290 pontos • 22 votos} Num ano que trouxe clássicos como O Sol é Para Todos (Robert Mulligan) e O Pagador de Promessas (o responsável pela primeira indicação do Brasil ao prêmio de Filme Estrangeiro), foi Lawrence da Arábia que deu continuidade à tradição da Academia em premiar grandiosos filmes com uma quantidade considerável de estatuetas. Tendo como cenário a península durante a I Guerra Mundial, o filme é baseado na vida do oficial britânico T.E. Lawrence, aqui vivido por Peter O’Toole num papel que definiu a sua carreira. Bem como boa parte da filmografia de Lean, é conhecido especialmente por suas virtudes técnicas e visuais. Um épico que não poderia ser ignorado pela Academia.
.
.
.
Amadeus
Amadeus (1984)
dir. Milos Forman
{292 pontos • 22 votos} Um dos filmes de temática musical mais aclamados em todos os tempos, Amadeus também foi o segundo filme do cineasta Milos Forman a vencer tanto o Oscar de Melhor Filme como Melhor Direção. Parte do grande sucesso se deve ao fato de que Forman e o roteirista Peter Shaffer (responsável pela peça que deu origem a tal filme) decidiram conduzir essa biografia de uma forma menos tradicional, contando a história de Wolfgang Amadeus Mozart através da perspectiva de seu parceiro e rival Antonio Salieri, agora confinado a um hospício. Com um memorável desempenho de F. Murray Abraham e Tom Hulce e trilha obviamente marcante, é uma poderosa história e uma perfeita união de som e imagem que não apenas figura entre os melhores trabalhos de Forman, mas também entre os grandes vencedores do prêmio da Academia.
.
.
.
Um Estranho no Ninho
One Flew Over the Cuckoo’s Nest (1975)
dir. Milos Forman
{295 pontos • 25 votos} Bem antes de Amadeus, Milos Forman já havia chamado a atenção da Academia com essa história adaptada a partir de um romance de Ken Kesey. Aqui, Jack Nicholson vive um rebelde que, após preso, se passa por louco e acaba em uma instituição psiquiátrica. Lá, começa a influenciar outros pacientes para derrubar a opressiva e sádica enfermeira Ratched, vivida por Louise Fletcher. Num ano com competição extremamente forte, a qual incluía já aclamados Stanley Kubrick e seu Barry Lyndon, Sidney Lumet com Um Dia de Cão e Robert Altman com Nashville, além de um jovem Steven Spielberg com o blockbuster Tubarão, foi a visão original de Forman em seu segundo filme americano que conquistou os votantes da Academia.
.
.
.
O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei
The Lord of the Rings: The Return of the King (2003)
dir. Peter Jackson
{296 pontos • 23 votos • 3 #1} Um dos projetos cinematográficos mais ambiciosos que já foram realizados, a trilogia O Senhor dos Anéis terminou por ser a mais bem-sucedida em todos tempos em termos comerciais, superando qualquer expectativa dos fãs do universo criado por J.R.R. Tolkien. Inicialmente recusado por diversos estúdios, o projeto acabou por ter suas três partes filmadas consecutivamente e, graças à visão de Peter Jackson e sua equipe, também veio a conquistar 17 Oscars de 30 indicações durante os três anos (todos foram indicados para Melhor Filme). Após as críticas à Academia por negar um prêmio de Melhor Filme nas duas primeiras oportunidades (em especial por A Sociedade do Anel), os votantes resolveram reconhecer o feito de Jackson com o último filme da saga, O Retorno do Rei, um triunfo de técnica e narrativa felizmente não esquecido pela Academia.
.
.
.
…E o Vento Levou
Gone with the Wind (1939)
dir. Victor Fleming
{358 pontos • 24 votos • 4 #1} Citado como um dos melhores filmes de todos os tempos, …E o Vento Levou também pode ser considerado como um dos projetos mais conturbados de Hollywood. Centrado na icônica Scarlett O’Hara, personagem de Vivien Leigh, o longa teve constantes trocas em sua equipe de produção (incluindo o posto de diretor, creditado apenas a Victor Fleming) e custou mais do que deveria. Contudo, esses problemas iniciais parecem ter sido superados à medida que tornou-se o filme mais bem-sucedido em todos os tempos (com os números ajustados). Um dos primeiros filmes a usar a technicolor, …E o Vento Levou conta com exuberantes cenários e figurinos, além da fotografia impressiva de Ernest Haller e a trilha memorável de Max Steiner (considerada por muitos como a melhor da história). Um clássico indiscutível que até hoje emociona diferentes gerações.
.
.
.
Casablanca
Casablanca (1942)
dir. Michael Curtiz
{382 pontos • 28 votos • 2 #1} Com a II Guerra Mundial como pano de fundo, Casablanca é muito mais que uma reflexão daquele momento histórico. Acima de tudo, é a história de um homem (Humphrey Bogart) dividido entre o amor e a virtude. Um dos melhores filmes de romance em todos os tempos (e um dos longas que definiram o gênero), é relevante por enveredar em caminhos até então pouco convencionais para histórias de amor do cinema americano, pela quantidade de frases célebres e pelas qualidades técnicas (incluindo a sua fotografia que remete ao film noir) que renderam algumas das sequências mais marcantes de todos os tempos, incluindo o seu final até hoje visto como um dos melhores da história. Ainda que Bogart tenha perdido sua estatueta de Melhor Ator em sua primeira indicação, o prêmio na categoria principal era inevitável graças à importância do filme para época, seja esta história ou cinematográfica.
.
.
.
A Malvada
All About Eve (1950)
dir. Joseph L. Mankiewicz
{386 pontos • 27 votos • 4 #1} Sem grande concorrência, a maior competição em 1950 se deu entre aqueles que podem ser considerados os 2 maiores clássicos daquela temporada: Crepúsculo dos Deuses (de Billy Wilder) e A Malvada. E por certas semelhanças temáticas, ambos atraíam comparações e não à toa foram os filmes mais lembrados pelos votantes do Oscar naquela oportunidade. A diferença, contudo, é que A Malvada bateu o recorde com maior número de indicações em todos os tempos (o qual apenas Titanic viria a empatar em 1997), com 14 ao todo, evidenciando o seu nível exemplar quanto à técnica e a excelência alcançada pela equipe criativa. Aqui, Bette Davis é uma estrela da Broadway que vê uma fã (Anne Baxter) se infiltrar em sua vida, ameaçando a sua carreira e os relacionamentos. Em meio a uma trama que poderia parecer simples, A Malvada debateu temas pouco vistos em Hollywood, motivo pelo qual permanece como um clássico essencial.
.
.
.
A Lista de Schindler
Schindler’s List (1993)
dir. Steven Spielberg
{390 pontos • 31 votos • 3 #1} A tempo do surgimento de A Lista de Schindler, Spielberg já era um diretor respeitado pela indústria graças a sucessos de bilheteria como Tubarão (de 1975), Os Caçadores da Arca Perdida (1981) e E.T. – O Extraterrestre (1982). Entretanto, Schindler veio a preencher uma lacuna visível na filmografia do diretor: um filme que não apenas conquistasse o respeito da crítica, mas que trouxesse uma importância histórica e cultural significativa. Através do conto de Oskar Schindler, o alemão que salvou a vida de mais de mil judeus refugiados durante o Holocausto, o brilhante roteiro de Steven Zaillian e decisões técnicas que evidenciam a fotografia orgânica de Janusz Kaminski, o longa trata do tema com tanta propriedade que é complicado não considerá-lo como um dos melhores filmes americanos de todos os tempos.
.
.
.
O Silêncio dos Inocentes
The Silence of the Lambs (1991)
dir. Jonathan Demme
{402 pontos • 35 votos • 4 #1} Baseado no livro de Thomas Harris, Silêncio dos Inocentes traz Jodie Foster como Clarice Sterling, uma jovem agente do FBI que procura a ajuda do prisioneiro Dr. Lecter (Anthony Hopkins, vencedor do Oscar de Melhor Ator com cerca de 16 minutos em cena) com o objetivo de prender outro serial killer. Até então o único filme de horror a vencer o Oscar de Melhor Filme (somente O Exorcista e Tubarão haviam sido indicados anteriormente), é também um projeto ousado em forma e temática que acabou alcançando o merecido reconhecimento na época de lançamento. Jonathan Demme, com a colaboração do roteirista Ted Tally, é responsável por esse clássico moderno que, com sua narrativa sombria, provoca indescritíveis reações nos espectadores, um projeto um pouco desacreditado de início que provou ser merecedor de tanta atenção e reconhecimento.
.
.
.
O Poderoso Chefão: Parte II
The Godfather: Part II (1974)
dir. Francis Ford Coppola
{439 pontos • 26 votos • 4 #1} Desafiando o conceito de que as continuações sempre ficam aquém da qualidade do original, O Poderoso Chefão: Parte II foi amplamente considerado como a melhor sequência em todos os tempos. A reação dos produtores ao primeiro filme foi tão positiva que, antes mesmo das filmagens serem encerradas, uma continuação para a saga já era planejada – dessa vez apenas parcialmente baseada no romance de Mario Puzo. Depois dos eventos do primeiro filme, a segunda parte apresenta duas tramas que ocorrem paralelamente: ao passo que vemos Michael (Al Pacino) tomar a liderança dos negócios da família em 1958, também acompanhamos aqui os primeiros anos de seu pai, Vito (Robert De Niro), desde sua infância na Sicília em 1901 até o surgimento dos Corleone nos anos 20. Visto por muitos como um filme de gângster melhor que o original, é um notável exemplar de como expandir o universo criado anteriormente sem manchar a memória do filme que lhe deu origem.
.
.
.
O Poderoso Chefão
The Godfather (1972)
dir. Francis Ford Coppola
{650 pontos • 38 votos • 13 #1} Frequentemente citado como o melhor filme de todos os tempos, O Poderoso Chefão é a obra definitiva do gênero policial e, indiscutivelmente, um exemplar máximo do cinema em geral. Adaptado por Coppola e Mario Puzo a partir de um livro do segundo, a produção é focada na ascensão de Michael Corleone (Al Pacino) como chefe do crime ao passo que também envereda pelos acontecimentos que cercam a família Corleone pela visão do patriarca Vito (Marlon Brando) entre os anos de 1945 e 1955. Visto inicialmente com desconfiança pela Paramount (responsável por sua produção), que não aprovou o elenco e as escolhas de Coppola na direção, O Poderoso Chefão foi aclamado de imediato pela crítica e público, tornando-se um grande sucesso de bilheteria. Com enorme vantagem sobre os demais concorrentes, merecidamente o filme é agora lembrado como o melhor vencedor do Oscar em suas 84 edições.
.
.